Por Dra. Sílvia Joly Mattos
A busca da estabilidade profissional e financeira tem feito a mulher postergar cada vez mais o sonho da maternidade. Se por um lado a maturidade e a melhor condição financeira são pontos positivos para o momento de ser mãe, do ponto de vista biológico, a idade pode dificultar a gravidez. Isso ocorre porque as reservas de óvulos diminuem consideravelmente a partir dos 35 anos, tornando mais demorado o processo de tentativas de gravidez de forma natural.
Mas a boa notícia é que a ciência se desenvolveu muito ao longo dos anos, e o surgimento de métodos de reprodução, como a Fertilização In Vitro (FIV), têm permitido que casais inférteis se tornem pais. Para se ter uma ideia, um levantamento da Anvisa referente ao período de 2011 a 2016 e publicado pela Revista Crescer mostrou um aumento de 149,79% no número de FIVs realizadas no Brasil.
Por que a procura pela FIV aumentou?
O crescimento tem uma explicação: a Fertilização In Vitro é uma técnica que apresenta ótimos resultados e que se tornou mais acessível financeiramente com o passar dos anos. Neste procedimento, a fecundação do óvulo com o espermatozoide é realizada em laboratório e o médico especialista observa o desenvolvimento embrionário, certificando-se de que tudo esteja dentro da normalidade, para depois fazer a transferência para o útero da mãe.
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Etapas da FIV
1ª etapa:
A primeira etapa do processo de FIV é a estimulação ovariana, que serve para obter mais óvulos dentro de um mesmo ovário, aumentando assim as chances de o tratamento ser bem-sucedido. Isso é feito porque existe a possibilidade de alguns óvulos não serem viáveis ou, mesmo depois de serem fecundados, não se desenvolverem.
2ª etapa:
Após 1ª primeira etapa, vem o procedimento da punção, que só deve ser feito depois de se comprovar por meio de uma ultrassonografia que os folículos atingiram a dimensão adequada e que há um número adequado de óvulos disponíveis.
3ª etapa:
Depois da obtenção de óvulos maduros retirados na punção folicular e da preparação dos espermatozoides, que são obtidos a partir de uma amostra de sêmen coletada no mesmo dia, a terceira etapa da Fertilização In Vitro é a fecundação dos óvulos em laboratório, chamada de período de cultivo embrionário.
Nesta fase, o desenvolvimento do óvulo fecundado deve ser observado para ver se está dentro da normalidade. Alguns embriões podem não se desenvolver mais por falhas espontâneas que acontecem naturalmente no processo de divisão celular. Também é possível em alguns casos durante o desenvolvimento embrionário fazer a biópsia de algumas células para avaliar se há riscos de alterações genéticas que podem impedir a continuidade do desenvolvimento e a saúde do embrião.
4ª etapa:
O último procedimento da FIV é a transferência embrionária no útero da paciente, onde são implantados os melhores embriões. Depois disso, os embriões de boa qualidade que restaram são congelados caso seja necessário um novo tratamento.
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Dra. Sílvia Joly Mattos é médica especialista em Ginecologia e Obstetrícia, Reprodução Humana e Histeroscopia. CRM-SP: 80562 | RQE: 25401