As trombofilias são raras e sua investigação deve ser realizada principalmente nos casos de falhas em tratamentos de fertilização in vitro (FIV), abortos de repetição e nos casos de histórico na família.
Em geral, pacientes portadoras da doença não têm conhecimento dela até enfrentarem dificuldades para engravidar ou complicações graves e recorrentes na gravidez.
As atuais técnicas da reprodução assistida não são capazes de interferir nos processos que prejudicam a coagulação, nem nos riscos de perdas gestacionais para a portadora de trombofilia que engravida, mas pode oferecer soluções para possibilitar a gravidez.
No caso da FIV, como é um processo dividido em etapas, a paciente recebe os medicamentos anticoagulantes em momentos estratégicos para garantir mais efetividade no tratamento. Assim, a administração pode ser feita logo depois da ovulação ou antes da transferência embrionária.
Embora as trombofilias não impeçam uma gravidez, elas requerem acompanhamento especializado durante toda a gestação para preservar a saúde da mãe e do bebê, inclusive antes da concepção e depois do parto. Marque alguém que precisa saber disso!
SOBRE MIM
Dra. Sílvia Joly Mattos é médica especialista em Ginecologia e Obstetrícia formada pela Unicamp, com Mestrado na área de Infertilidade pela Unicamp e especialista em Reprodução Assistida com Título reconhecido pela Febrasgo.