Muitas pacientes têm dúvidas sobre esse tema quando o exame de ultrassom apresenta ovário policístico. Isso, no entanto, não quer dizer que essa paciente sofra da Síndrome do Ovário Policístico (SOP).
A explicação é que o ovário possui microcistos, denominados folículos primordiais, que durante o período menstrual reúne de 10 a 15 cistos, sendo um dominante, conhecido como cisto ovulatório.
Durante o período de reprodução, é normal que haja vários microcistos no ovário. O que não é normal é quando a mulher apresenta aumento no volume ovariano, combinado com outros fatores, aí sim caracterizando a Síndrome do Ovário Policístico.
A SOP é um distúrbio endocrinológico resultado de um desequilíbrio hormonal. Para caracterizar o diagnóstico da síndrome é preciso apresentar pelo menos dois dos três critérios abaixo:
– Irregularidade da menstruação (ciclos mais longos ou falhos);
– Presença de sinais de hiperandrogenismo (aumento de acne e de pelos, ou aumento da dosagem hormonal);
– Presença dos ovários policísticos no ultrassom.
A maioria das pacientes costuma apresentar os sintomas no final da adolescência ou no início da fase adulta justamente por ser uma patologia com causa multifatorial, sendo uma das principais etiologias o fator genético, normalmente quando a mãe ou irmãs possuem o problema.
Minha recomendação é sempre consultar um especialista em caso de sintomas.
Dra. Sílvia Joly Mattos é médica especialista em Ginecologia e Obstetrícia formada pela Unicamp, com Mestrado na área de Infertilidade pela Unicamp e especialista em Reprodução Assistida com Título reconhecido pela Febrasgo.