Dra. Sílvia Joly Mattos –
O mês de março é dedicado à conscientização da endometriose, doença silenciosa que em muitas situações só é diagnosticada após tentativas frustradas de engravidar. Mais de 7 milhões de mulheres sofrem com a endometriose no Brasil de acordo com dados da Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva (SBE).
A endometriose surge quando as células do endométrio (camada que reveste o útero) aparecem em outros locais do corpo, como ovários, trompas e cavidade abdominal ou até mesmo intestino e bexiga, em alguns casos. Esse fenômeno desencadeia um processo inflamatório que influencia na ovulação, fertilização e implantação do embrião.
A doença pode ser tratada, principalmente em seu estágio inicial, por isso é importante que o diagnóstico seja feito o quanto antes. A endometriose pode ser totalmente assintomática, ou apresentar sintomas leves que podem aumentar progressivamente, como cólica menstrual que não melhora com diversos tratamentos, dor durante relações sexuais, dor pélvica sem relação com o período menstrual, constipação intestinal ou diarreia também durante o período menstrual, dor e sangue ao urinar etc.
A síndrome é classificada em vários graus, de acordo com o tamanho, extensão e profundidade das lesões. Para o tratamento adequado, são considerados o local onde a endometriose se desenvolve, o grau da doença, os sintomas apresentados e o desejo ou não da mulher de engravidar. O tratamento, portanto, pode ser medicamentoso ou cirúrgico.
A dica é sempre procurar um especialista para fazer o diagnóstico correto e o tratamento adequado!