Ovodoação: quando é indicada?

Dra. Sílvia Joly Mattos –

A ovodoação é uma opção para casais que já passaram por diversas tentativas de engravidar naturalmente e através de tratamentos de reprodução assistida, como fertilização in vitro por exemplo, e não tiveram sucesso.

Isso acontece porque muitas pacientes, devido à idade mais avançada, têm uma reserva ovariana muito baixa, ou sofrem de falência ovariana prematura em função de tratamentos oncológicos.

Como funciona?

Após o médico especialista reconhecer que essa é a melhor opção de tratamento, o casal irá responder um questionário para auxiliar na busca da doadora ideal. A seleção é feita por uma equipe, em total sigilo e confidencialidade.

A busca sempre relaciona características físicas entre a doadora e a receptora, incluindo compatibilidade sanguínea. Esse processo pode durar alguns meses, dependendo das características do casal.

Só lembrando que, de acordo com as normas brasileiras, as doadoras de óvulos devem ser pacientes com até 35 anos de idade. Também precisam apresentar boa saúde e boa reserva ovariana.

Depois que o casal passa pela escolha da doadora, é necessário realizar consultas psicológicas para ter certeza de que os futuros pais estão aptos emocionalmente para esse processo.

O tratamento se inicia quando a paciente receptora realiza a preparação do útero com hormônios para aumentar a receptividade do endométrio a embriões, o que dura de 14 a 20 dias, aproximadamente.

Depois de uma avaliação do endométrio através de ultrassom, o processo de fertilização in vitro convencional é realizado, implantando o embrião no útero da mulher.

Dra. Sílvia Joly Mattos é médica especialista em Ginecologia e Obstetrícia formada pela Unicamp, com Mestrado na área de Infertilidade pela Unicamp e especialista em Reprodução Assistida com Título reconhecido pela Febrasgo.