Infertilidade: fator uterino

Dra. Sílvia Joly Mattos – Existem diversos motivos pelo qual uma mulher não consegue engravidar e dessa vez vou falar sobre o fator uterino que pode levar à dificuldade de engravidar ou ao abortamento.

Alguns exemplos de fator uterino: pólipos, miomas, aderências e malformações intrauterinas.

Os pólipos são lesões benignas bastante comuns que se desenvolvem na camada mais interna do órgão e, quando grandes, podem impedir a passagem do espermatozoide pelo canal cervical até o interior da tuba.

Já com relação aos miomas, os chamados submucosos, que crescem dentro do útero, são os principais causadores de aborto e da dificuldade de implantação do embrião. É necessária a retirada dos miomas para realizar o tratamento para infertilidade. Entretanto, dependendo do tamanho e da localização, pode não ser indicado esse procedimento.

As aderências intrauterinas causam distorções da anatomia local e podem ser desencadeadas por infecções, cirurgias anteriores ou endometriose, dificultando assim a gravidez.

Por último, temos as malformações uterinas, que acometem apenas 4% da população geral e também 4% das pacientes inférteis. São diferentes tipos de malformações, sendo o útero septado, bicorno, unicorno e didelfo os mais comuns.

O diagnóstico do fator uterino de infertilidade pode ser feito através de alguns exames: ultrassonografia, histerossalpingografia ou videolaparoscopia, e então é indicada a abordagem mais adequada para o tratamento.

Na maioria das vezes os casos de fator uterino de infertilidade podem ser solucionados com procedimentos cirúrgicos e, em algumas situações, pode ser indicado algum tipo de tratamento de reprodução assistida.

Procure sempre um especialista e realize exames regularmente.

Dra. Silvia Joly Mattos é médica especialista em Ginecologia e Obstetrícia formada pela Unicamp, com Mestrado na área de Infertilidade pela Unicamp e especialista em Reprodução Assistida com Título reconhecido pela Febrasgo.