Dra. Silvia Joly Mattos
Como dito anteriormente em outros posts aqui no blog, infertilidade conjugal é a tentativa de engravidar sem sucesso durante o período de um ano, mantendo-se nesse período relações sexuais frequentes.
A partir desse período é recomendado que se inicie uma investigação minuciosa das possíveis causas da infertilidade tanto na mulher quanto no homem. E dentre elas está o fator tubário, correspondente a 24,6% das causas de infertilidade, segundo pesquisa da Rede Latino-Americana de Reprodução Assistida.
A tuba uterina faz a ligação entre o útero e o ovário, e é para lá que o espermatozoide se dirige para que aconteça a fecundação. Porém, quando há alguma obstrução nas tubas uterinas e comprometimento natural da sua função, chamamos de fator tubário de infertilidade. E quando também ocorrem aderências pélvicas, por exemplo, alterando a anatomia e a motilidade tubária, chamamos de fator tuboperitoneal. As causas desse problema podem ser: infecções, aderências, endometriose, malformações congênitas, laqueadura tubárea ou antecedente de cirurgias abdominais.
Para confirmar a presença ou não desse fator de infertilidade pedimos os exames de Histerossalpingografia (HSG) ou Videolaparoscopia. Em casos positivos, apenas em algumas situações há a possibilidade de tratamento através de cirurgia para que o casal tente engravidar naturalmente. Porém, esse tipo de cirurgia tem resultados limitados e sua realização depende do tipo de doença.
A outra possibilidade para que o casal engravide é a realização da Fertilização In Vitro (FIV), que não trata a doença, mas que possibilita realizar o sonho da maternidade.
Dra. Sílvia Joly Mattos, de Campinas/SP, é médica especialista em Ginecologia e Obstetrícia, Reprodução Humana e Vídeo-Histeroscopia.