Dra. Sílvia Joly Mattos – O assunto aqui dessa vez é sobre um exame essencial para a investigação de infertilidade: a Histerossalpingografia. Por meio dela, é possível identificar doenças ginecológicas que não puderam ser avaliadas em outros exames, por isso é importantíssimo para o casal que passa por dificuldades de engravidar.
A Histerossalpingografia é um exame ginecológico de raio-X que utiliza contraste e verifica a integridade morfológica não só das tubas, mas da cavidade uterina também. É por isso que a histerossalpingografia é tão importante.
Com esse exame é possível identificar se há obstrução, dilatação ou alteração do trajeto das tubas e observar o formato do útero para avaliar se algo está impedindo ou dificultando a fertilização. Podem ainda ser investigadas anormalidades congênitas ou adquiridas no útero que favoreçam a ocorrência de abortos espontâneos de repetição, além dos fatores tuboperitoneais.
O alcance da Histerossalpingografia
Através da Histerossalpingografia, é possível diagnosticar alterações uterinas como má formação, pólipos, miomas, adenomiose, aderências, cicatrizes etc. Quanto às alterações das tubas uterinas, a Histerossalpingografia pode revelar obstrução das trompas por infecção ou cicatrização; hidrossalpinge (acúmulo de líquido dentro das tubas); espasmos tubários ou alterações ginecológicas causadas por procedimentos de esterilização (laqueadura).
O melhor período para a realização do exame é após a menstruação e antes da ovulação, aproximadamente entre o sexto e o décimo segundo dia do ciclo menstrual.
Em caso de identificação de alguma anomalia durante o procedimento, deve ser feita uma avaliação mais especializada, através da histerossonografia, videolaparoscopia ou vídeo-histeroscopia.
Dra. Silvia Joly Mattos é médica especialista em Ginecologia e Obstetrícia formada pela Unicamp, com Mestrado na área de Infertilidade pela Unicamp e especialista em Reprodução Assistida com Título reconhecido pela Febrasgo.