Dra. Sílvia Joly Mattos –
A oferta de marcas e tipos diferentes de pílulas anticoncepcionais aumenta a cada ano, levando as mulheres a se questionarem sobre qual a melhor delas, e, muitas vezes, a trocarem de pílula sem os devidos cuidados, apenas seguindo a “moda”. Atendo frequentemente pacientes fazendo uso de pílulas por sugestão de amigas, e me procurando justamente por não terem se adaptado. É importante ressaltar que não existe “a melhor pílula”, e sim aquela que se encaixa melhor ao perfil e à queixa de cada paciente.
E é justamente por essa razão que nem sempre as pílulas que se adaptam a algumas pacientes são boas para outras. Por isso a necessidade de um bom questionário inicial e algumas vezes exames complementares para se definir a pílula a ser usada.
A maioria das pílulas são combinadas, ou seja, possuem estrógeno e progesterona, mas também existem aquelas apenas com progesterona. Existem dados importantes a serem avaliados por nós médicos, como, por exemplo, idade, presença de acne, TPM, cólicas menstruais, fluxo menstrual aumentado, alterações hormonais, presença de fatores que contraindiquem o uso de estrógeno, etc.
Muitas vezes sou questionada durante as consultas sobre os tipos de “regime” de uso das pílulas anticoncepcionais. Existem aquelas de uso cíclico, contínuo ou de uso flexível ou estendido, lançadas mais recentemente. As de uso contínuo ou flexível/estendido podem ser indicadas por alguma queixa ou dado específico da paciente, ou mesmo por sua própria opção, para aquelas que não querem menstruar todos os meses. Não existe impacto nenhum em sua saúde global o fato de não apresentar a menstruação, ou apenas algumas menstruações durante o ano, usando a pílula. Apenas questão de indicação ou mesmo de opção pessoal.
Por isso, sempre consulte um ginecologista que possa indicar a pílula mais adequada para seu caso!
Dra. Sílvia Joly Mattos, de Campinas/SP, é médica especialista em Ginecologia e Obstetrícia, Reprodução Humana e Vídeo-Histeroscopia.