Por Dra. Sílvia Joly Mattos
Para as pacientes que utilizam a Fertilização In Vitro (FIV) como a única forma de conseguir engravidar, uma maneira de verificar a saúde do embrião em formação e ter mais chances de sucesso na gravidez antes da implantação no útero da mãe é o exame de Análise Genética Embrionária (PGS), responsável por diagnosticar possíveis alterações genéticas, como Síndrome de Down, Síndrome de Turner, Síndrome de Edwards e distrofia muscular.
A Análise Genética Embrionária é realizada através de uma biópsia durante o tempo em que o embrião está sendo cultivado em laboratório, que em geral é de 3 a 5 dias. Essa biópsia pode ser feita no terceiro dia, quando o embrião tem entre 6 e 8 células, ou no quinto dia, quando o número de células está entre 50 e 100, o que torna o procedimento de Análise Genética Embrionária ainda mais seguro.
Após a biópsia, as células são analisadas e possíveis doenças genéticas podem ser identificadas. A Análise Genética Embrionária é recomendada principalmente para mulheres acima da faixa de idade ideal (entre 20-35 anos) para uma gestação segura, para mulheres com casos de aborto de repetição e para aquelas que possuem histórico familiar de doenças genéticas.
Nossa experiência tem sido de indicar sempre a Análise Genética Embrionária nos casos mencionados como importantes acima para garantir que toda a gravidez transcorra de forma tranquila para a futura mamãe e seu bebê.
Dra. Sílvia Joly Mattos, de Campinas/SP, é médica especialista em Ginecologia e Obstetrícia, Reprodução Humana e Histeroscopia.
Fonte: FEBRASGO – Manual de Orientação de Reprodução Humana